A Jimboê Didática é uma empresa que atua desde 2003 e oferece prestação de serviços como assessoria na reformulação de currículos, leituras técnicas, produção de materiais didáticos e cursos de formação de professores.

Nosso objetivo neste blog é oferecer às instituições escolares, aos professores e a todos os interessados, um espaço de debates, troca de conhecimentos e experiências no ensino de Geografia, Arte e outras áreas do conhecimento.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Um pouco mais de Oriente Médio em sala de aula




    Constantemente nos meios de comunicação vemos notícias relacionadas às crises políticas e conflitos armados que acontecem no Oriente Médio. Dentre esses fatos, destacou-se no início do mês de maio de 2013, o bombardeio realizado pelo exército israelense a um comboio militar na Síria (como na reportagem citada acima), alegando impedir que armas chegassem ao grupo político e militar Hezbollah, no Líbano.

     Aproveite notícias como estas para trabalhar com os alunos os conflitos do Oriente Médio e estudar um pouco mais sobre suas raízes históricas e religiosas, assim como ressaltar o período atual pró-democracia pelo qual alguns países árabes estão passando, a denominada "Primavera Árabe" .
    Neste trabalho, é importante identificar as facetas desses fatos nas esferas culturais, econômicas, políticas e ideológicas. O estudo dos conflitos no Oriente Médio proporciona uma análise do espaço geopolítico em diferentes pontos de vista, tais como: a disputa de território, a intolerância religiosa, a imposição cultural, os interesses econômicos.

    Sugerimos uma seqüência didática para trabalho em sala de aula, com o objetivo de proporcionar conhecimentos que possibilitem ao aluno, relacionar notícias como a do ataque deflagrado por Israel à Síria em maio de 2013 com as origens históricas dos conflitos entre judeus e árabes e alguns aspectos da Primavera Árabe.

Conteúdos

Ensino Fundamental: 8° Ano – Oriente Médio

Ensino Médio: Globalização e conflitos atuais

Conteúdo interdisciplinar: História, Sociologia e Filosofia


Tempo estimado: 3 Aulas

Material necessário: Mapa-múndi, data-show ou DVD para mostrar as imagens, mapas, textos e vídeo.

    Leia com os alunos alguns dos textos citados anteriormente, outros textos sugeridos nesta seqüência ou, ainda, textos que achar interessante e atuais sobre conflitos no Oriente Médio. Mostre a eles também o vídeo Israel ataca Síria para destruir armas (AFP) .




    Inicie uma conversa com os alunos questionando-os sobre as notícias citadas e o que eles sabem ou possivelmente acompanham sobre os conflitos que ocorrem no Oriente Médio. Procure saber, especialmente, onde podem obter informações sobre o tema (Internet, Televisão, Jornal ou Rádio).

    Utilize o mapa-múndi para localizar o Oriente Médio e as regiões onde ocorreram os conflitos citados nas reportagens.

1° Etapa – Origem dos conflitos:

    Analise os mapas sugeridos para auxiliar na compreensão da origem do conflito entre Israel (judeus) e Palestina, Síria, Cisjordânia, Egito e Líbano (árabes). Para melhor esclarecer o conflito, resgate os seguintes pontos sobre o tema: a partilha dos europeus na região pós-segunda guerra mundial desconsiderando a diversidade étnica e cultural e a criação do estado judaico de Israel pela ONU. Veja os mapas:


Criação do Estado de Israel








2° Etapa – Diversidade religiosa:

    Analise com os alunos o mapa sobre a diversidade religiosa de Jerusalém para auxiliar no esclarecimento dos conflitos. Comente sobre: Jerusalém como cidade sagrada das religiões Cristã, Judaica e Muçulmana, o extremismo de grupos religiosos, a influência da religião na organização do estado-nação (por exemplo, o Hezbollah no Líbano).


3° Etapa – Bombardeio de maio de 2013 e a relação com a Primavera Árabe:


    Analise com os aluno a charge a seguir e comente sobre: o momento de revolta popular pró-democracia que está acontecendo na Síria (identificada pela cidade destruída e em chamas e a bandeira da Síria), o bombardeio feito pelos israelenses (identificado pela “Estrela de Davi” em azul no avião) e a tensão entre Israel e os países árabes (identificado pelo avião jogando gasolina em uma cidade em chamas).



http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/28719/israel%2Be%2Bo%2Bconflito%2Bna%2Bsiria.shtml

    Mostre aos alunos a relação do conteúdo das reportagens com a “Primavera Árabe”. Aborde o tema falando dos governos ditatoriais, a forte influência do fundamentalismo religioso na constituição do estado-nação dos países árabes e das revoltas populares pela democracia que aconteceu na Líbia e Egito e está acontecendo na Síria e Iêmen.

    Israel, como país democrático e judaico é considerado pela Síria como apoiador das revoltas que estão ocorrendo, e tem o intuito de desestabilizar governos, podendo facilitar as disputas territoriais, aumentando a influência israelense na região. Entretanto, Israel afirma que os ataques na Síria tiveram o objetivo de impedir que armas chegassem ao grupo político militar libanês Hezbollah.

    Destaque a citação do segundo texto para ajudar a compreender a relação.

    “A agência de notícias Sana, porta-voz do regime, qualificou o bombardeio israelense como "uma tentativa clara de ajudar os grupos terroristas armados depois dos fortes golpes que receberam", em alusão aos rebeldes que combatem o governo de Assad.
    Nesta linha, a rede de televisão estatal síria informou que a "agressão israelense" foi acompanhada de "tentativas de grupos terroristas de atacar postos de controle militares em várias zonas", e especificou que as forças do regime conseguiram repelir esses ataques, deixando "mortos e feridos" entre os rebeldes.
    Por sua vez, o ministro de Turismo de Israel, Uzi Landau, justificou as ações de seu país para impedir que "certas armas" cheguem às mãos de grupos terroristas.”


    O Link abaixo mostra fotos das diversas revoltas populares nos estados árabes. Utilize-as para acompanhar as discussões.


    Dentro do contexto de disputa de território e diversidade étnica cultural da região, considere as crescentes revoltas populares nos estados árabes, a desestabilização ou a queda dos governos desses países podem aumentar sua influência política de Israel na região.


Avaliação

    Para iniciar a avaliação faça a síntese dos pontos apresentado na aula:

• As diferentes interpretações do bombardeio realizado por Israel na Síria.

• A relação estabelecida na disputas territoriais entre árabes e judeus no Oriente Médio e a Primavera Árabe. Considere o possível aumento da influência de Israel na região e os problemas enfrentados pelos países ditatoriais.

• A origem das disputas territoriais considerando fatores étnicos e religiosos na região.

    Divida os alunos em grupo e peça para que busquem reportagens e imagens recentes em revistas, jornais, televisão e internet sobre o conteúdo e tragam para a próxima aula.

    Peça para que elaborem um texto, tendo como referência as reportagens coletadas e a aula expositiva. O texto deve ser avaliado de acordo com os pontos apresentados na síntese da aula.

    Utilizando um mapa da região, peça para que os alunos extraiam do texto produzido as informações capazes de serem representadas no mapa, tais como: local e data de bombardeios e países envolvidos.

    O mapa deve ser avaliado com os seguintes critérios: nome, escala, legenda, orientação, entre outras informações básicas. Para finalizar, peça para que montem um cartaz com o mapa e o texto que produziram e exponham o material na sala de aula.


Para saber mais acesse também:





terça-feira, 28 de maio de 2013


Vejam a sequencia didática proposta pela professora Suely Gomes, na revista Nova Escola. Ótimas ideias... e bons trabalhos...


INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL

Proponha, com o auxílio de mapas e sites da internet, que os estudantes investiguem e analisem os diferentes momentos da industrialização no Brasil



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Vejam que legal.... nessa época do ano, especialmente nas Regiões Sul e Sudeste do Brasil, é possível realizar trabalhos bem interessantes...


http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/tic-tac-sombras-426698.shtml

segunda-feira, 29 de abril de 2013

A gripe e a globalização

    Junto com a chegada da estação do outono no hemisfério Sul e da primavera do hemisfério Norte, proliferam também alguns tipos de vírus muito conhecidos pela população, como o da influenza. Isso é recorrente, porém, a maior parte das pessoas já possui anticorpos contra alguns desses microorganismos.
    Entretanto, neste ano de 2013 vem chamando a atenção um novo vírus da gripe aviária, surgido na China e que tem levado preocupação à OMS: o H7N9.


Quase 120 casos de infecções humanas do vírus H7N9 foram registrados, com 23 mortes (AFP, Wang Zhao, http://www.google.com/hostednews/afp/slideshow/ALeqM5hsbCw6OZa1cGZXMLcD7qRQGpaAtw?docId=CNG.87f22a5b416199911826bd6ffa068385.441&index=0)
     Já vimos outras vezes notícias como as que têm sido veiculadas nestes meses. Em março de 2005, por exemplo, ocorreu outro surto de gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, e que também atingiu muitos países dos Sudeste Asiático.
   Em março de 2009, a gripe que ficou conhecida como suína ou gripe A, causada pelo vírus H1N1, foi detectada inicialmente no México e espalhou-se com grande rapidez, atingindo muitos países do mundo, ocasionando mais de 8 mil mortes. A Organização Mundial da Saúde decretou o alerta de pandemia que somente foi encerrado em agosto do ano seguinte.
    Aqui vai uma proposta de trabalho com os alunos que, ao abordar as questões de epidemias e pandemias, trabalhe com os temas globalização, meios de transporte e comunicação e representações cartográficas.
Ensino Fundamental 2 e Médio
• Espaço geográfico e globalização
• A dinâmica dos espaços globalizados
• Os fluxos internacionais de pessoas e mercadorias
• Desenvolvimento dos meios de transporte e comunicação
  
Conteúdos complementares interdisciplinares (Ciências e Biologia)
 • Campanhas de vacinação
 • Métodos de prevenção de contágio
 • Microorganismos, pandemia e epidemia
  
1. Leia com os alunos os textos:
  
Pandemias difundem-se no ritmo da globalização
Responda rápido: onde é fabricado seu iPod? Pois é! Desde que Napoleão colocou a burguesia a seu lado, o mundo só faz encolher. E, falando de um francês, lembramos de outro: o vinho Beaujolais.

 Anualmente, na terceira quinta-feira de novembro, apreciadores do saboroso tinto francês no mundo todo abrem milhões de garrafas recém-chegadas do sul da Borgonha, a região produtora. O curioso é que, para degustá-lo comme il fault, o vinho deve sair da França na véspera! Simultaneamente, mais de 150 países recebem a safra do ano, o que é possível graças a uma verdadeira operação de guerra, de que participam milhares de produtores, despachantes, vendedores, compradores, aviões, caminhões etc. No intervalo de 12 a 24 horas, le Beaujolais est arrive a seus mercados consumidores e às taças de seus apreciadores all over the world.

 Aí está uma das faces da globalização. A economia mundializada fragiliza as fronteiras nacionais, tornando-as permeáveis ao dinheiro, matérias-primas e manufaturados. Pelas fronteiras, também passam turistas, executivos, empresários, comerciantes, pilotos, comissários de bordo, soldados, pessoas em busca de trabalho e refugiados de guerras civis.

 Há algo, porém, que passa com mais facilidade pelos detectores de metal e pelos cães farejadores dos aeroportos: os micróbios. (José Arnaldo Favaretto e Helio Trebbi  http://www.clubemundo.com.br/pdf/2006/mundo0506.pdf)
A primeira pandemia do século XXI é a SARS (Severe Acute Respiratory Syndrome ou Síndrome Respiratória Aguda Grave). Em novembro de 2002, pessoas da região de Guangdong, na China, desenvolveram essa nova e letal forma de pneumonia. Em fevereiro, um médico que tratou de pessoas em Guangdong hospedou-se em um hotel de Hong Kong, e infectou 12 outras pessoas. A partir desses casos, acendeu-se um rastilho epidemiológico que, até a metade desse ano, havia passado por 18 países, atacado mais de 6 mil pessoas e matado pelo menos 470. A cortina de silêncio imposta pelas autoridades sanitárias chinesas impediu que medidas de controle fossem implementadas mais precocemente.

A partir da divulgação maciça da epidemia pela imprensa mundial, o governo chinês chegou a ameaçar com prisão perpétua pacientes que desrespeitassem as normas de isolamento.

Essas pandemias são exemplos do chamado “efeito borboleta”, segundo o qual o bater de asas de uma borboleta pode causar um vendaval devastador mesmo a milhares de quilômetros de distância. A Aids e a Sars têm muitas características em comum: seus agentes são vírus que romperam a barreira biológica entre animais e seres humanos e se disseminaram graças a brechas nos sistemas nacionais e internacionais de vigilância. São produtos da globalização, e seus efeitos políticos, econômicos e sociais são devastadores.

As epidemias, tão antigas quanto as primeiras populações humanas, certamente continuarão a ocorrer, quem sabe alcançando, no futuro remoto, colônias humanas em outros planetas. Pensando em prevenção em escala cósmica, cientistas da Nasa consideram a possibilidade de arremessar a sonda espacial Galileu contra o planeta Júpiter, incinerando-a na entrada na atmosfera do planeta, com o objetivo de evitar que ela caia sobre o satélite Europa e o contamine com microrganismos terrestres que possam ter resistido às hostis condições do espaço. (José Arnaldo Favaretto e Helio Trebbi http://www.clubemundo.com.br/pdf/2006/mundo0506.pdf)



  2. Acesse reportagens sobre o tema e solicite aos alunos que as leiam.
3. Analise as imagens com os alunos
 Animação com mapa-múndi que simula do tráfego aéreo mundial e suas rotas em 24 horas
Mapa dos principais fluxos marítimos internacionais.

Vincenzo Raffaele Bochicchio.
Atlas mundo atual. São Paulo: Atual, 2009. p. 38-39.
Graça Maria lemos Ferreira. Moderno atlas
geográfico. 5. ed. São Paulo: Moderna, 2011. p. 75.

4. Realize uma conversa, em sala de aula, de como as pandemias podem ocorrer atualmente diante do desenvolvimento dos meios de transporte. Discuta sobre quais características da globalização contribuem para as pandemias (fluxos de pessoas e mercadorias, por exemplo). Converse também sobre os fluxos aéreos e marítimos e sobre os espaços mais intensamente transformados em decorrência destes fluxos.
  
5. Crie grupos de alunos para a realização do trabalho.
  
6. Crie um painel para que os alunos possam acompanhar as notícias. Sugira que indiquem links das principais notícias sobre o tema.
  
7. Utilize um mapa da China (do Sudeste Asiático ou um mapa-múndi) para indicar o surgimento de novos casos da gripe e trabalhe com os alunos os elementos essenciais de um mapa, como o título, legenda, escala, orientação, etc.
Veja também:
OMS – Gripe A

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

terça-feira, 24 de maio de 2011

Mapas antigos e atuais em sala de aula

     Atualmente, o uso de programas como o Google Earth, o Google Maps e o Wikimapia, vêm se tornando cada vez mais eficazes no auxilio do estudo do espaço geográfico, na busca de endereços, elaboração de mapas personalizados, etc. O "como chegar lá" está ficando cada vez mais fácil.

Google Earth - imagem da Usina Hidrelétrica de Itaipu.

Google Maps - mapa da região da Usina Hidrelétrica de Itaipu.
     Entretanto, é importante que os alunos conheçam como e porque, dentro da história da cartografia, o avanço da tecnologia foi fundamental para a compreensão do espaço geográfico. Dessa forma, é interessante o estudo dos mapas históricos e da discussão de como, por meio deles, é possível compreender como a sociedade transformou o espaço, como esse mesmo espaço se configura atualmente e como devemos agir sobre ele. 

Mapa do Cone Sul e rio da Prata, deArnold Colom e Hendrik Doncker. Amsterdã, 1663.

Mapa da América do Sul, de Herman Moll. Londres, 1729.

     A fim de propiciar aos alunos o conhecimento de ferramentas tecnológicas e aliar este conhecimento ao conteúdo abordado na história da Cartografia dentro da Geografia, sugerimos uma sequência de abordagem em sala de aula, especialmente, se houver possibilidade de trabalho com a internet.


Geografia
Conteúdo: mapas históricos, desenvolvimento tecnológico (técnicas), representação cartográfica, noções de escala e produção de mapas.
Segmento: Ensino Fundamental II e Ensino Médio
 
1a. etapa: Inicie o conteúdo com uma aula expositiva, contemplando, por exemplo, o item disposto no livro didático utilizado na escola. Ressalte como os mapas eram produzidos antigamente, com menor exatidão, pois eram feitos com base em relatos e impressões pessoais. Na sequencia, pode-se utilizar os seguintes sites para dar continuidade ao conteúdo:
2a. etapa: Explore as imagens de mapas antigos levando os alunos a observar detalhadamente os desenhos. Peça que observem, por exemplo, a forma das terras emersas, o desenho dos cursos dos rios, os nomes atribuídos aos lugares, os desenhos complementares no mapa, a indicação das direções.


3a. etapa: No laboratório de informática, oriente os alunos a conhecer o Google Earth, o Google Maps e o Wikimapia. Deixe que os alunos conheçam as ferramentas disponíveis em casa programa e as possibilidades de aplicação.


4a. etapa: Auxilie os alunos a explorar o programa Google Earth. Explique as possibilidades de uso das ferramentas, principalmente na esquerda do vídeo, onde aparecem as opções de marcação de camadas: marcadores rodoviários, llimites, estradas ou , acima, na barra de endereços. Utilize como exemplo o endereço da escola, digitando o endereço e solicitando a busca. Peça para que seja observados todos os detalhes da imagem, especialmente as possibilidades de zoom e, por conseguinte, de mudança na escala (ressalte a altitude e a escala que aparece com a imagem). Deixe que o programa seja explorado por algum tempo.


5a. etapa: Destaque aos alunos que, atualmente, os mapas são produzidos por meio de fotografias aéreas e imagens de satélite, que captam as imagens por meio de sensores, o que permite uma precisão muito grande nas representações cartográficas. Veja um pequeno texto que pode auxiliar sua explicação:

     O desenvolvimento tecnológico ocorrido nas últimas décadas revolucionou a Cartografia. A partir da década de 1940, o aperfeiçoamento das aeronaves permitiu a utilização de máquinas fotográficas aéreas que mostram com exatidão os elementos existentes na superfície do terreno e sua distribuição espacial.
     Com essas máquinas especiais, a bordo das aeronaves, são obtidas fotografias de diferentes faixas do terreno. Depois de reveladas, as fotografias passam por aparelhos computadorizados que lêem a imagem e desenham os mapas.
     A partir da década de 1960, com o desenvolvimento da informática e dos satélites artificiais, torno-se possível conhecer lugares da Terra até então inacessíveis aos seres humanos. As imagens de satélite permitiram visualizar grandes extensões da superfície terrestre e mapeá-las com precisão.
     Todas essas inovações tecnológicas na Cartografia possibilitaram ao ser humano registrar e, consequentemente, conhecer em detalhes as características naturais e culturais de diversos lugares do planeta. Hoje em dia, a tecnologia cartográfica é utilizada para o planejamento e a execução de ações humanas em todo o espaço geográfico.
BOLIGIAN, Levon; BOLIGIAN, Andressa Turcatel Alves.
 Geografia: Espaço e Vivência - Ensino Médio. São Paulo, Atual, 2010.

6a. etapa: Escolha antecipadamente um lugar para que a turma toda "visite" virtualmente. Pode ser o limite litorâneo, um monumento importante, a confluência de dois grandes rios, uma ilha, etc. Após esta escolha, defina as coordenadas e os nomes pelos quais os alunos deverão pesquisar nos programas (Google Earth, Google Maps e Wikimapia).

7a. etapa: Se estiver trabalhando com o conteúdo de coordenadas geográficas, dependendo do ano ministrado, indique aos alunos a possibilidade de encontrarem determinados lugares por meio dos graus e minutos. Por exemplo, no caso do Google Earth, para localizar a hidrelétrica de Itaipu, no estado do Paraná, deve-se inserir suas coordenadas: 25o24'48" S e 54o35'45"O. Entretanto, na caixa de pesquisa "Voar para", as coordenadas devem ser colocadas desta maneira: -25.2448 e -54.3545 (com o sinal de menos, pois  a localização refere-se ao Sul e ao Oeste).
     Se preferir, entretanto, pode-se trabalhar com o nome dos lugares. Por exemplo, escrevendo o termo Usina Hidrelétrica de Itaipu, na caixa de pesquisa "Voar para". Se for possível, imprima a imagem escolhida.

8a. etapa: Utilizando o Google Maps, localize a sua cidade na opção Mapa e alterne com a opção Imagem e resgate as imagens dos mapas históricos.

Avaliação
     Discuta com os alunos a questão do desenvolvimento tecnológico na produção cartográfica. Solicite uma análise dos mapas estudados no decorrer da sequência.

Conteúdo interessante e disponível na rede

Como fazer a iniciação cartográfica da turma - Revista Nova Escola, maio/2011.

A mina dos mapas - Revista Pesquisa FAPESP, maio/2011.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Lançamento do livro Novos rumos da Cartografia Escolar

     Professores, é com orgulho que divulgamos o lançamento do livro Novos rumos da Cartografia Escolar, Editora Contexto, organizado pela professora Rosângela Doin de Almeida, do qual o Levon é o autor do capítulo A cartografia nos livros didáticos no período de 1824 a 1936 e a história da geografia escolar no Brasil.
     Será no dia 21/05/2011, na Livraria da Vila, em São Paulo.
Compareçam.